Dia do Rio, comemorado em 24 de novembro e instituído com grande preocupação quanto à escassez d’água, proteção, preservação de recursos naturais e sua incalculável importância para a vida dos variados ecossistemas.
Rio, derivado do latim – rivus, comumente de água doce em seu curso d’água, vem desaguando em outros rios, lagos, mares e oceanos ou ainda fluindo para o solo ou secando antes de atingir outras águas.
Com tais direcionamentos de deságua, formam elementos que caracterizam-se das seguintes denominações: afluente, confluência, foz, jusante, leito, margem, nascente, talvegue e vau.
Apresentam individualidades temporais que se distinguem entre período de seca (no verão desaparece), no período chuvoso (as cheias) ou perene (com água o ano todo).
Existem aproximadamente 26 intitulações de rios: arroio, braço, barranco, canal, corja ou corgo, corixo ou corixa, córrego, desaguadouro, esteiro, furo, grota, igarapé, lageado, paraná, regato, riacho, riachinho, riachuelo, ribeira, ribeiro, ribeirão, sanga, sangradouro, vala, várzea e vazante.
Os rios possuem 3 colorações em suas águas: águas claras / azuis: rios com pouca quantidade de sólidos em suspensão, dando um aspecto cristalino e grande visibilidade; águas brancas: rios que carregam grandes quantidades de sólidos em suspensão, com magnésio e cálcio, deixando com aspecto esbranquiçado ou barrentos e baixa visibilidade; águas pretas: rios que nascem em áreas de sedimentos terciários, com água ácida por consequência das substâncias orgânicas dissolvidas de vegetação provenientes de solos arenosos.
Nosso sistema de hidrovias possui a menor participação no transporte de mercadorias do país por possuírem planícies elevadas em sua maioria.
Cerca de 97% da energia elétrica dos domicílios são atendidos por hidrelétricas e termoelétricas, segundo ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), sendo a Usina Hidrelétrica de Itaipu conhecida por ser uma das maiores mundialmente em funcionalidade.
A nossa biodiversidade é bem diversificada, no qual o Pantanal Mato-grossense é um grande celeiro do ecossistema.
Nas águas dos rios desaguamos no Rio do Peixe.
Rio do Peixe, afluente da margem esquerda do Rio Tietê, vêm nascer no município de Bofete, localizado aproximadamente 730 metros de altitude na Cuesta de Botucatu, transpassando 70 Km aproximadamente e desembocando no reservatório de Barra Bonita e no município de Anhembi.
Faz parte dos territórios dos municípios Anhembi, Bofete, Botucatu, Conchas, Porangaba e Torre de Pedra, sendo de área urbana os municípios de Bofete, Porangaba e Torre de Pedra, totalizando assim 110.000 ha de bacia hidrográfica.
Deste modo, os Ativistas Tiago de Paiva Pinheiro, Danilo Aranega Alves de Lima e o Engenheiro Agrônomo André Castilho Orsi, nesta data iniciarão o Projeto Rio do Peixe, com objetivo de criar um banco de dados sistematizado e um SIG (Sistema de Informações Geográficas), que possibilite identificar as principais questões ambientais da Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, num primeiro momento focar dentro do território do município de Bofete, disponibilizando as principais nascentes deste recurso hídrico de suma relevância.
Por meio do SIG, as bases digitais georreferenciadas classificarão da seguinte forma:
- Estado de São Paulo;
- Divisa dos municípios que compõe a Bacia Hidrográfica;
- Divisa da Bacia Hidrográfica;
- Curvas de Nível;
- MDT – Modelo Digital de Terreno;
- Classes de Declividade;
- IPT – Classes de Geologia;
- IGC – Hidrografia;
- IGC – Nascentes;
- Imagem de Satélite – Sentinela 2 (resolução de 20 m);
- Uso atual do solo;
- Bases do Plano de Manejo da APA – Área de Proteção Ambiental de Botucatu;
- Acessos e estradas rurais;
- Pontos Turísticos;
- Conflitos de usos em APP – Área de Preservação Permanente.
Contudo, através da SIG, várias questões ambientais serão trabalhadas na Bacia do Rio do Peixe, mas principalmente a recuperação ambiental deste importante território do município de Bofete.
André Castilho Orsi
Engenheiro Agrônomo