SOS Mata Atlântica localizada na Rodovia Marechal Rondon, Km 118 em Itú SP, numa fazenda na qual já atuou na produção de café e criação de gado, atualmente abriga o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Grupo HEINEKEN, sediando assim a Fundação SOS Mata Atlântica, uma ONG (Organização Não Governamental).
Fundada em 1986 com a missão de cuidar da mata atlântica, constitui uma série de projetos, dentre estes o de restauração florestal, desde 2000. Com programas múltiplos e diversos, alcançou 42 milhões de mudas plantadas em mais de 550 municípios, distribuídos em 9 estados e 23 mil hectares em processo de restauração ou restaurados.
Em sua maioria, os projetos ocorrem em áreas privadas.
A Fundação busca por meio de pessoas físicas, entidades privadas, recursos para poder ampliar em áreas privadas a execução dos projetos.
Um dos fatores mais importantes é a conscientização e parceria do agronegócio para este processo, onde acabam aderindo este projeto. São realizadas áreas de preservação permanente e reserva legal. Alguma outra área que o proprietário tenha disponível e esteja fora destas áreas reconhecidas por lei e precise ter sua área recuperada, também fazem da área escolhida em comum acordo, sendo interessante ao proprietário pois este pode estar trazendo adequação do ponto de vista do Código Florestal, numa sinergia entre conservação e produção, não havendo conflito de fato com essas áreas de conservação, pois todos acabam ganhando.
A restauração ambiental é de suma importância quanto a questão climática. Segundo Rafael Bitante Fernandes Gerente de Restauração Florestal “atualmente temos um grande desafio quanto as mudanças climáticas, diversos alertas, pesquisadores, grandes institutos que trabalham com isso e para gente aqui dentro do território da Mata Atlântica, uma das melhores ferramentas para reverter este cenário, para fazer este enfrentamento quanto as mudanças climáticas é plantar árvores, quando a gente olha para uma árvore ela é basicamente carbono e árvore, então sequestra aquele gás que é um dos principais causadores do efeito estufa que é o gás carbônico, armazena na sua estrutura e com isso acaba fazendo este balanço, mata atlântica tem muita oportunidade para isto”.
Desta forma, a ONG possui relatórios que identificam meios para que um determinado território mantenha carbono neutro, projeto este que até 2042 será possível por meio da contensão de desmatamento, devendo chegar a um nível zero.
Atualmente encontra-se na década da restauração ecossistêmico, declarado pela ONU em 2021 indo até 2030, sendo a mata atlântica um hotspot (ponto de acesso) a tecnologia, ciência para restauração, áreas para estudo, sendo assim grande gerador de emprego e renda com um impacto econômico muito expressivo seja na produção de mudas, coleta de sementes, elaboração de projetos, monitoramento e plantio, com apoio de defensores da questão ambientalista, biólogos, educadores, engenheiros florestais e viveiristas.
Diante desta diversidade ambiental agradeço a toda equipe do SOS Mata Atlântica, bem como Marcia Hirota – Presidente do Conselho e Rafael Bitante Fernandes – Gerente de Restauração Florestal.
Que nossa mata atlântica não faça parte apenas da história, mas esteja no presente e futuro florescendo a natureza selvagem bem como a natureza humana, através de atos de preservação e restauração.
Rafael Bitante Fernandes
Gerente de Restauração Florestal – SOS Mata Atlântica